Imagem de divulgação do produto
A indústria de polpas, Agronaturae da Amazônia, recém-instalada no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE), prepara sua produção de açaí para exportação, nas linhas puro e com abacate, para o final do semestre de 2019. O destino dos produtos é a Flórida, nos Estados Unidos.
Segundo o diretor executivo e sócio, Rodolpho Busch, os produtos serão de alta qualidade e atenderão às exigências do mercado internacional. “O açaí é uma fruta da Amazônia, pertencente à região Norte do Brasil. O nosso propósito será mostrar para o mundo o açaí do Amazonas, que é pouco divulgado e prestigiar o Estado, usufruindo do incentivo local. A Busch Amazon é genuinamente da capital do Amazonas”, enfatiza Rodolpho Busch.
Conforme o empresário, a marca que vai ser envasada pela Agronaturae será a “Busch Amazon”. “O nome Busch não foi escolhido devido ao meu sobrenome, mas, sobretudo, traduzido para o inglês significa arbusto e, no mercado norte-americano, possui sinergia com o propósito da marca, no setor de alimentos. Isso atrai o consumidor”, diz o empresário, acrescentando que a marca Busch Amazon já foi registrada nos Estados Unidos e possui um representante comercial nesse país.
Rodolpho Busch conversa com a consultora do CIDE, Elizabeth Araújo, sobre o projeto.
Cada ano, grandes marcas do segmento lançam novos modelos e formatos de ovos de chocolate para a Páscoa. Diante desse cenário, as pequenas empresas e empreendedores de doces artesanais tiveram que se capacitar e investir em novas técnicas de produção para se diferenciar da concorrência que cresce todos os anos.
Um exemplo concreto, é a Amazon Doces, empresa instalada no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE), que fabrica seus próprios ovos de chocolate com ingredientes regionais, buscando a criatividade do artesanato local.
Especialistas na área dizem que a segmentação pode ser uma estratégia porque há públicos e consumidores para uma lista enorme de ovos de Páscoa que valorizam o produto. “Para este ano, temos bombons de Páscoa, ovos de chocolate em caixas, brigadeiros, todos os produtos com ingredientes regionais, como cupuaçu com pimenta murupi, açaí, buriti, araçá-boi e cubiu”, diz a proprietária Jane Barros.
Além do Chocolate
Além disso, o consumidor de hoje vê no chocolate de ovo de Páscoa um presente para a namorada, namorado, mãe, avó e amigos. Por isso, muitos especialistas no mercado dizem que a dica é fazer diferente, investindo em qualidade e atendimento, criando uma fantástica experiência de compra. “Nossas cestas e caixas artesanais são feitas pelos artesãos dos municípios do Amazonas, como São Gabriel da Cachoeira, Rio Preto da Eva e Careiro Castanho. É um trabalho desenvolvido pelas próprias comunidades desses municípios, de forma sustentável. Ganha o artesão, o fabricante e o cliente que vai consumir um produto artesanal e de qualidade, sem industrialização”, comenta Jane Barros.
Boa perspectiva
O período de Páscoa é uma das melhores datas para a indústria de chocolate no ano, gera um aumento significativo na produção e em empregos temporários, aquecendo a economia. “No ano passado, vendemos 6 mil ovos de chocolate, somando mais de 10 mil produtos. Este ano queremos chegar a 15 mil ovos de chocolate”, diz a empresária Jane Barros, lembrando que no interior do Estado tem bons clientes. “Já recebemos uma venda de 5 mil ovos de Páscoa para o interior do Amazonas, para os municípios de Altazes e Manicoré, e os nossos produtos podem ser encontrados em mercadinhos desses municípios”, conclui a empreendedora.
Em números
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), em 2018 foram produzidas mais de 11 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa, número 26% maior que o registrado em 2017. Para atender a demanda de Páscoa deste ano, as indústrias e o varejo geraram mais de 18 mil vagas de empregos temporários, tanto em fábrica quanto em pontos de venda.
Proprietários de empresas, instaladas no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE), buscando melhoramentos no processo de produção e superar as dificuldades juntos, decidiram fazer parcerias entre eles.
No mês de maio, os empreendedores, Domingos Amaral e Danniel Pinheiro, da Biozer da Amazônia, empresa de Cosméticos e Fitoterápicos, anunciaram uma parceria com o empresário Cabral, da Sohervas da Amazônia. “A ideia da parceria ficou mais aguçada devido ao momento atual da economia, mas tivemos outros fatores a favor, como a matéria-prima regional usada pela Sohervas em seus produtos e queremos utilizá-la também no setor de Cosméticos”, afirma Amaral.
A Sohervas da Amazônia produz licores com essências da Amazônia, como o licor de cupuaçu, açaí, camu-camu, produtos que interessam a Biozer. “A nossa contrapartida está no marketing da Sohervas, aumentar o seu volume de produção, conquistar novos mercados, bem como desenvolver produtos em parceria para a área da Gastronomia, como o ‘vinagre gourmet’ e sobremesas à base de licores de frutas da Amazônia’”, diz Amaral.